Mundo Empresarial
O ano já começou e, com isso, vem a necessidade de pensar em todas as preocupações com finanças no decorrer dos próximos 12 meses. Porém, para conseguir se estruturar melhor e não passar tanto aperto no bolso, uma ação é muito importante: organizar-se financeiramente e, para isso, realizar um bom planejamento financeiro.
Porém, mesmo sendo pauta recorrente e fato que muitos já conhecem, o brasileiro ainda não tem esse costume, como prova um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), confirmando que 11% dos entrevistados pelos órgãos não fizeram qualquer planejamento financeiro para pagar os compromissos comuns de início de ano para 2019.
Além disso, a pesquisa revela algo ainda mais alarmante: apenas 9% dos brasileiros afirmam ter condições de pagar as despesas desta época, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e material escolar, com os próprios rendimentos. Desta forma, é mais do que visível a necessidade por um planejamento financeiro bem calculado e elaborado para que a falta da programação anterior não venha a desencadear um ciclo ainda maior de dívidas para o ano que se inicia.
Por isso, listamos algumas dicas essenciais para montar seu planejamento financeiro anual, deixar suas contas em dia e começar esse 2019 motivado para investir e faturar!
Coloque tudo na ponta do lápis. Não dá para fazer previsões em cima de especulações. O bom é calcular exatamente o que você gasta, ponto a ponto. Desta forma, você terá uma visão muito mais clara sobre o que está acontecendo com suas despesas.
Se você já tem um salário fixo, fica ainda mais fácil. Faça uma estimativa da sua renda com ele. Porém, se você não tem uma renda fixa, calcule uma média do que ganha para ter uma previsão mais realista e sem exageros no seu planejamento.
Você deve encontrar o equilíbrio entre economia e investimento no planejamento financeiro. Não adianta poupar demais, se você tem despesas importantes para cobrir. Também não é interessante pagar tudo de uma vez e se esquecer de poupar. O equilíbrio é fundamental.
Uma boa dica é deixar algo separado para emergências. Nem sempre isso é possível de ser feito, mas, quando puder, é essencial. Nunca se sabe quando se precisará de uma cirurgia que o plano de saúde não cobre; uma despesa com reparos domésticos ou de automóvel inesperada; uma viagem de urgência, etc.
Hoje, com a tecnologia, ficou ainda mais fácil de acompanhar suas despesas e até mesmo de controlar seus gastos - inclusive com cartão de crédito para um bom planejamento financeiro. Os próprios bancos oferecem, através de seus aplicativos, formas de acompanhar as faturas e de avisos por notificações de quando, onde e quanto foi gasto com seu cartão de crédito.
As coisas mudam ao longo do ano. Os doze meses podem ser apresentar variáveis e, por isso, você deve sempre reavaliar seu planejamento de acordo com o que for ocorrendo na sua vida financeira.
Antes que chegue o prazo derradeiro da declaração de Imposto de Renda, procure organizá-la o quanto antes. Apesar de não ser uma atividade que muitos gostam de realizar, ao vê-la quase pronta perto do prazo de declaração será um alívio – além de manter seu planejamento financeiro sempre atualizado.
Independente de viagens ou não. Planejar os custos com feriados e férias é muito importante até para quem vai ficar em casa e simplesmente ir à restaurantes, bares, cinema, etc. O cálculo da despesa com lazer é fundamental no dia a dia e claro que nos feriados e férias não poderia ficar de fora.
Assim como aconselhado no item 8, o mesmo é válido para as festas de fim de ano. Parece algo clichê, mas nunca é o suficiente reiterar: antecedência é muito importante. Desta forma, podem-se planejar os gastos, assim como programar-se de forma mais tranquila e sem stress no fim de ano.
Ao contrário do que muitos podem pensar, o 13º não é aconselhável para esbanjar mais no fim de ano ou comprar ainda mais coisas. Claro que se tiver um planejamento em dia, pode-se pensar em algo do tipo. Porém, o ideal é utilizar o 13º para as despesas de início de ano. Quando não cuidadas logo nos primeiros meses do ano, estas dívidas tendem a se acumular durante todos os outros meses, causando uma bola de neve ainda maior em conjunto com os gastos regulares do dia a dia.
No final do ano, o ideal é fazer uma avaliação geral e um novo planejamento para o ano seguinte. Afinal, as circunstâncias do ano anterior (taxas de juros, situação econômica do país, situação econômica pessoal, etc) podem ter se modificado de um ano para o outro. E, mesmo que permaneçam as mesmas, é fundamental passar um pente fino no que se errou e no que se acertou para evitar transtornos e repetir bons hábitos no seu planejamento financeiro.